A 5 de Junho queremos mais do mesmo?

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1. Não é caso único o que se verifica no Portugal político dos dias de hoje.

Não é infelizmente caso único que em vésperas de eleições cresça o ambiente de oposição e crispação entre as várias forças político-partidárias.

Não é infelizmente caso único que em períodos como o que vivemos se cometam alguns excessos de linguagem e até se prometam fazer coisas que os próprios autores sabem antecipadamente como difíceis de concretizar.

A tudo isso os portugueses já se habituaram. A tudo isso até os cidadãos reagem com bonomia, apesar de ser uma prática descredibilizadora da classe política e reveladora de que, para muitos, verdade e política não se casam.

2. Mas o que vem acontecendo em Portugal nas últimas semanas é bem pior do que aquilo que os Portugueses estavam habituados a lidar. Instalou-se, a soldo do Governo e de José Sócrates, uma poderosa e inusitada máquina de propaganda que rapidamente faz passar meias verdades, divulga mentiras, amplia equívocos, falseia as ideias dos adversários e transforma uma frase e um pormenor no centro das discussões.

Desta forma, em vez da campanha eleitoral se centrar na avaliação daquilo que fez José Sócrates e daquilo que foram os resultados da sua governação, fala-se antes daqueles que não estiveram no Governo. Em vez da campanha eleitoral esclarecer com profundidade as propostas de cada um para o futuro, ela vive de casos, boatos, mentiras, desmentidos e pormenores perfeitamente acessórios. Esta é a estratégia de José Sócrates e do PS.

E a vitória desta estratégia só está a ser possível com uma comunicação social maioritária e ideologicamente encostada à esquerda, que amplia de forma acéfala aquilo que a máquina de propaganda do PS fomenta e quer. Como escrevia, há dias, Henrique Raposo, no seu blogue do Expresso, "tal como em 2009, os media estão a fazer o jogo de Sócrates, ou seja, não estamos a discutir os problemas do país". Mais: " com a complacência dos jornalistas, (…) José Sócrates anda por aí a rir e a saltar. Nas redacções há algum cartaz a dizer ‘cuidado, não se pode encostar o PS à parede’ "?

3. Por outro lado, o povo português parece que não quer saber da verdade. Parece que não quer acreditar em quem lhe fala das dificuldades que todos vamos sentir. Parece que não quer enfrentar a dura realidade que vamos todos ter pela frente. Insolitamente muitos parecem preferir agarrar-se às ilusões que José Sócrates vende com a mesma desfaçatez que prometia não aumentar os impostos ou que com ele não havia FMI em Portugal. Só isso explica que o causador da crise em que vivemos, da bancarrota em que mergulhámos e da humilhação nacional a que fomos sujeitos não tenha já nas sondagens a penalização eleitoral que merece.

4. Como escreveu o insuspeito Prof. Carlos Fiolhais, no jornal Público, "foi o actual primeiro-ministro o responsável número um pelo grau zero da política. Foi ele que se rodeou de gente incompetente (com poucas honrosas excepções), que impavidamente deixou o país deslizar para o fundo. Não, não se trata só da sua incapacidade de percepção das consequências gravosas das suas políticas. Eles criaram uma campanha propagandística que nos iludiu sobre o estado da nação, dificultando a nossa percepção. Eles são os responsáveis pelo planeamento de parcerias público-privadas ruinosas para o erário público, por exemplo para a construção de auto-estradas inúteis. São também responsáveis pela nacionalização de bancos privados, que se transformaram num pesadíssimo ónus para todos nós. E são ainda responsáveis pelo regabofe no gasto de dinheiros públicos, com manutenção de instituições arcaicas como os governos civis e algumas direcções regionais, que pouco mais servem do que para dar emprego a correligionários políticos, para já não falar de organismos públicos e fundações de utilidade duvidosa. Enganaram-nos através dos sucessivos PEC, sobre a sua capacidade de gerir o Orçamento de Estado. Enganaram-nos, ansiosos, por manter o poder nas últimas eleições, com o aumento dos salários dos funcionários públicos e a promessa da não subida de impostos. E enganaram-nos com miríficas esperanças como a das energias renováveis, que, ao contrário do que reza a publicidade oficial, são caras e pouco eficientes, não passando por isso de uma flor na lapela de um casaco roto." E conclui " Se a escolha em Portugal fosse, por hipótese, entre o actual primeiro-ministro e o rato Mickey, eu não hesitaria em votar no boneco da Disney."

5. A escolha essencial nas próximas eleições é, pois, muito simples: queremos continuar a viver na ilusão, na mentira,  no faz de conta, até que os credores nos ponham a pão e água e hipotequemos o nosso futuro? Para isso, o caminho é o PS de José Sócrates.

Ou queremos quem fala a verdade, quem é sincero e não nos esconde as dificuldades que teremos de vencer e que nos traz a esperança de, no fim da provação, termos um país melhor e mais justo? Para escolhermos este caminho a única opção que garante a mudança é o PSD de Passos Coelho.

6. Também para os eleitores do Faial a escolha nas próximas eleições é simples.

Nestes últimos anos, temos tido um deputado na Assembleia da República, eleito nas listas do Partido Socialista. Deram os Faialenses pelo seu trabalho? Usaram eles alguma vez da palavra para levar ao Parlamento nacional os problemas da nossa ilha ou destas nossas ilhas? Fizeram alguma coisa que se saiba pela ampliação da pista do Aeroporto da Horta? Ou tomaram posição contra o encerramento da Estação da Radionaval da Horta? Ou denunciaram as condições de funcionamento do Estabelecimento Prisional da Horta?

É que não basta antes das eleições fazer o estafado e sempre repetido percurso por estas instituições, deixar ditas meia dúzia de generalidades e, depois de eleitos, pura e simplesmente esquecer a terra e as gentes que os elegeram.

Queremos no Faial continuar assim?

Ou queremos efectivamente mudar e ter quem leve os nossos anseios à Assembleia da República? 

Sei que se elegermos Lídia Bulcão, candidata do Faial na lista do PSD, com ela, estaremos efectivamente presentes na Assembleia da República. Com competência, com empenho e com o renovado dinamismo de quem está liberto de dependências partidárias!

                                                                                               17.05.2011

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