A promoção turistica da ilha do Faial

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O bom tempo tem sido a tónica dominante do início do mês de julho. É caso para dizer que o verão está a chegar aos Açores. Muito sol, chuva nem vê-la, pouco vento, a trazer as pessoas da ilha para a rua, para passearem na avenida, para ocuparem esplanadas e, sobretudo, para aproveitarem as belíssimas praias da ilha do Faial e a água cristalina que nelas abunda.

Sem dúvida, apanhar sol e ir a banhos na maravilhosa Praia de Porto Pim, olhando a cidade de um lado e o Monte da Guia do outro é um cenário idílico que qualquer cidadão deste mundo quereria ter. E nós Faialenses temo-lo, não à distância de um click, mas sim de uma curta caminhada. E o que dizer da Praia do Almoxarife que, com as suas águas límpidas e com a vista em frente da imponente montanha do Pico deixa qualquer um estarrecido.
Estas duas praias são o exemplo claro daquilo que a nossa ilha tem para oferecer a quem nos visita. Para além da natureza, podem usufruir de locais de praia, de veraneio, relaxantes, onde o sossego e o bem-estar imperam.
Este ano é de registar a melhoria das acessibilidades à Praia de Porto Pim. É um ponto de partida. No entanto, ainda há muito a fazer. Desde logo, é fundamental conter e solucionar o problema recorrente, verão após verão, das águas vivas que aportam à praia, mesmo contra a opinião de alguns biólogos marinhos que se sustentam no facto de qualquer método de contenção afetar a fauna marinha do local.
Neste caso, é importante que as entidades competentes pesem o que é mais relevante para o cidadão, para a ilha e para o seu desenvolvimento económico, as águas vivas ou uma praia cheia de gente dia após dia, tentando conciliar da melhor forma os dois lados da moeda.
Depois, há que criar novos parques de estacionamento, pois o existente é insuficiente para todos aqueles que, no final de um dia de trabalho ou ao fim de semana, rumam aquela praia.
Todos estes aspectos entroncam num outro mais relevante para o desenvolvimento do Faial e que é necessária promoção turística da nossa ilha. Olhando para os números de passageiros entrados na ilha durante o mês de junho, verificamos um aumento de 9,3% em comparação com o mesmo mês do ano anterior, mas, mesmo assim, inferior a 6 ilhas do arquipélago e muito longe dos 30,4% da ilha de São Miguel.
Estes números mostram que a ilha do Faial tem uma enorme margem de crescimento. Mas, para tal, é necessário definir, criar mecanismos e uma estratégia puramente local, com o envolvimento de todos – Município e empresas locais – de uma correta promoção turística da ilha do Faial no exterior.
Promover as nossas praias, o nosso mar e as atividades a ele associadas, a nossa marina, as regatas internacionais, o nosso Vulcão dos Capelinhos e o seu Centro de Interpretação, o AzoresTrailRun, os nossos trilhos emoldurados pelas nossas paisagens, os nossos produtos regionais de excelência, a Caldeira e a nossa Cidade, em qualquer cartaz turístico espalhado por esses países, é certamente sinónimo de mais turistas e, por consequência, de mais retorno financeiro.
A propósito de regatas internacionais e, mais concretamente, da regata Les Sables-Horta-Les Sables, há que apostar mais neste tipo de iniciativas, pois também são estas que levam o nome da cidade da Horta muito longe.
E porque não apostar em promover turisticamente a nossa ilha na famosa VendéeGlobe. Recordo-me de, há cerca de dois anos, os responsáveis por essa regata terem oferecido um espaço para ser utilizado para promoção da nossa cidade. São oportunidades únicas que não podem ser desperdiçadas.
Mais, para criarmos, também, em todo este cartaz uma mais-valia, é fundamental associar o turismo do Triângulo, mostrando ao turista que a cerca de 30 minutos de barco tem a magnifica ilha do Pico com a montanha mais alta de Portugal e a sua vinha protegida, e um pouco mais longe tem a ilha de São Jorge com as suas famosas Fajãs.As diferenças das várias ilhas complementam-se, permitindo criar um produto turístico único em todos os Açores, capaz de cativar, atrair o turista a visitar a nossa ilha e o Triângulo em detrimento de qualquer outra. Obviamente que esta promoção não pode dissociar-se da necessidade, obrigatória, de reduzir substancialmente o custo da viagem aérea até ao Faial, quando comparado com o custo para outros países ou ilhas, bem como da exigência de mais voos para a ilha.

Por tudo isto, para além do “Mar”, centremo-nos num outro pilar fundamental da atividade económica, o “Turismo”.

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