O Secretário Regional da Agricultura e Florestas afirmou hoje, na ilha Terceira, que a aposta na qualidade é um dos caminhos para se alcançar uma melhor valorização da carne de bovino dos Açores.
“A par com a contínua aposta na boa conformação dos animais, na genética e na sanidade, é essencial continuar a apostar nos regimes de qualidade e na certificação, como seja a Indicação Geográfica Protegida (IGP) ou o Modo de Produção Biológica (MPB), para alcançar uma maior valorização do produto”, referiu João Ponte.
O Secretário Regional, que falava no final da visita a uma exploração de carne IGP, na ilha Terceira, cujo projeto de investimento foi apoiado no âmbito do PRORURAL+, salientou que o Governo dos Açores tem vindo a trabalhar nos últimos anos pelo desenvolvimento do setor e para uma maior valorização da carne de bovino, apontando como exemplo os avultados investimentos na modernização da rede regional de abate e na certificação das instalações pela norma de qualidade ISO 22000.
“Importa agora que os produtores saibam tirar o devido partido das infraestruturas que têm ao dispor e apostem, cada vez mais, no aumento da qualidade das suas produções para conseguirem vender melhor e com isso aumentar o seu rendimento”, frisou João Ponte, acrescentando que a ilha Terceira é responsável por 30% da carne bovina produzida nos Açores.
Relativamente à carne IGP, o governante adiantou que na última década duplicou o número de explorações aprovadas para produção deste tipo de carne, mais sustentável e amiga do ambiente, existindo atualmente quase 900 explorações aprovadas nas nove ilhas do Açores para produção de carne IGP.
A carne IGP é um produto especial, com caraterísticas peculiares, proveniente de bovinos nascidos, criados e abatidos na Região, segundo os moldes tradicionais, algo que a torna mais rica e que deve, por isso mesmo, ser mais valorizada das demais.
João Ponte salientou também o papel importante do Centro de Estratégia Regional para a Carne dos Açores (CERCA), criada nesta legislatura, que está empenhado e a trabalhar com a produção e a comercialização para que a fileira da carne seja capaz de melhorar os níveis de qualidade da produção e da sua valorização, pois importa explorar melhor os nichos de mercado, como seja a carne biológica ou IGP, porque se pode traduzir em mais valorização do produto e mais rendimento para os produtores.
