Associação de Turismo Sustentável do Faial – Número de voos para o Verão IATA 2019 põe em risco investimentos locais

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A Associação de Turismo Sustentável do Faial (ATSF) acusou o Governo dos Açores e a transportadora aérea de ignorar a elevada procura de voos nos meses de verão, pondo em risco os investimentos feitos pelos faialenses em resposta a essa mesma procura.

No seguimento da divulgação da operação da SATA para o Verão IATA 2019, a ATSF emitiu um comunicado onde afirma que as opções de gestão da transportadora aérea são a principal razão para o retrocesso que o Faial sofreu nos últimos anos relativamente às ligações aéreas com o continente.
“Ao contrário do que sucedeu em outras ilhas dos Açores, que viram desde 2015 as suas acessibilidades aéreas reforçadas, a ilha do Faial sofreu nos últimos anos um grande retrocesso no que toca às ligações aéreas com o continente”, lamenta a associação, sustentando que o retrocesso “foi naturalmente precipitado pela saída da TAP e das suas ligações Horta-Lisboa”, tendo sido agravado “graças às opções de gestão da SATA”.
A ATSF relembra que em março de 2018, “e em contraciclo com o crescimento da oferta e da procura turística da ilha e da Região, a SATA decidiu reduzir o número de voos para a Horta, cortando mais de 11.000 lugares durante o Verão IATA”, resultando num verão caótico.
“Para além de graves falhas na operação, a redução de ligações fez com que muitos voos esgotassem, tornando-se impossível entrar ou sair da ilha durante 21 dias consecutivos, entre 24 de agosto e 13 de setembro”, sustenta, frisando que “esta é a prova cabal de que o número de voos programados pela SATA para essa altura para o Faial era absolutamente insuficiente e desadequado”.
“No entanto, um ano depois, a SATA prepara-se para repetir a fórmula, anunciando que vai manter em julho e agosto o mesmo número de voos diretos Lisboa-Horta do ano anterior”, sublinha a associação, salientando que os recente anúncio do aumento de 5573 lugares nesta rota “apresenta-se aos faialenses como um engano, pois os voos adicionais acontecem apenas nos meses de abril, maio, setembro e outubro, ignorando a elevada procura dos meses de junho, julho e agosto”.
No comunicado a associação faialense relembra que “numa conjuntura de crescimento da procura turística da região, acompanhada por um discurso do Governo Regional dos Açores de incentivo ao investimento neste sector, os empresários faialenses responderam afirmativamente, apostando em várias vertentes de negócio para dar resposta a essa procura”.
“É por isso incompreensível, aos olhos dos empresários e da população, que o número de voos da SATA não seja aumentado nas alturas de maior procura, nomeadamente em julho e agosto, criando uma barreira intransponível ao desenvolvimento deste sector e pondo em risco os investimentos realizados”, defende a ATSF.
Para os empresários faialenses “os argumentos agitados pela SATA de que a redução de lugares de 2018 se devia à falta de procura do destino e a baixas taxas de ocupação, caiu por terra e é hoje manifestamente indefensável”, pois, “neste momento, já há dias em julho e agosto deste ano com os voos quase todos esgotados”.
“Se não houver reforço de ligações, o Faial irá voltar a ficar isolad0 do exterior por períodos prolongados durante a época alta”, alerta a ATSF.
Segundo a associação de turismo, o que pode condicionar ainda mais os faialenses é o facto de não serem aumentados os voos inter-ilhas para a época alta.
A concluir o comunicado, a ATSF exige respostas “adequadas ao problema das acessibilidades à ilha”, respostas “à altura dos investimentos que foram e estão atualmente a ser realizados” e respostas que “correspondam à população e à procura real que existe na ilha”.

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