BTL – APAVT vai promover os Açores como “Destino Preferido”

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A manhã do terceiro dia da Bolsa de Turismo de Lisboa – BTL 2013 ficou marcada pela assinatura de um protocolo entre o Governo dos Açores e a Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), que torna os Açores como “destino preferido” daquela associação, que vem de encontro à estratégia do Executivo para promover a Região no mercado nacional.

O protocolo foi assinado pelo secretário regional do Turismo, Vítor Fraga, que reconheceu que este só foi possível graças ao trabalho desenvolvido nos últimos anos na promoção e na comercialização do destino Açores pelos associados da APAVT, salientando que “são eles que diariamente ajudam a caminhar para o nosso sucesso e rumo ao que pretendemos que é ter um setor turístico sustentável nos Açores”.

 “Os Açores como ‘Destino Preferido’ é um caminho que queremos trilhar, em conjunto, com uma agenda aberta que irá certamente potenciar um desenrolar de atividades ao longo do ano positivo para os Açores e também para a APAVT e seus associados”, disse.

Por outro lado, Fraga reconheceu que “os tempos não estão fáceis”, por isso considerou que desta forma se está a “trilhar e iniciar uma nova etapa de reposicionamento do destino Açores ao nível de segmentos de mercado que têm ainda poder de compra para nos poderem visitar, em concreto o mercado nacional”.

Neste contexto voltou a fazer referência ao facto de presentemente o Governo estar a trabalhar num programa para que os Açores se tornem um destino “family friendly” e captar mais famílias com crianças.

No final, Vítor Fraga anunciou a realização, nos Açores, do Congresso da APAVT, que irá decorrer na Terceira, em dezembro de 2013. Este congresso é um grande fórum do turismo nacional, que não envolve só as agências de viagens, mas todo o setor. Prevê-se que leve à ilha mais de 500 pessoas. O tema ainda não está lançado, mas, de acordo com o presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, vai discutir o turismo português.

APAVT considera sazonalidade obstáculo maior que preço das passagens

O presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, referiu que o “protocolo vai permitir dinamizar a promoção dos Açores”.

Para o responsável os “Açores são um destino turístico à prova de bala, cheio de potencialidades”, na medida em que possuem “dois dos bens mais escassos do mundo, que são as condições naturais excecionais e a autenticidade”.

O presidente explicou que o que a APAVT fez com o Governo dos Açores foi estabelecer um protocolo, em que ambos se comprometem a trabalhar em conjunto de maneira a dinamizar os negócios e chamar a atenção para as potencialidades do destino Açores. “A APAVT representa mais de 90% do negócio das agências de viagem em Portugal e o que nós nos comprometemos é junto dos nossos associados chamar a atenção para a potencialidade do destino Açores e para criarmos e procurarmos oportunidades e, quando elas nos surgirem, as aproveitarmos ao longo do ano”, disse.

De acordo com Pedro Ferreira, Macau foi o “destino preferido” que a APAVT promoveu no ano passado, e, de acordo com os números, “Portugal acabou por ser mesmo o país europeu que mais cresceu para Macau em 2012, atingindo o terceiro lugar dos países emissores para Macau”, referiu o presidente.

 “A nossa ambição em relação aos Açores é no final podermos também com números e objetivamente percebermos que ajudámos um destino que é tão excepional e às vezes tão esquecido”, disse.

Questionado sobre se o preço das passagens aéreas para o destino Açores constitui um entrave à promoção do arquipélago como destino de férias, o presidente refere que, mais do que o preço do transporte aéreo, a sazonalidade em termos de mercado interno constitui a maior dificuldade a ultrapassar. “neste momento o que está em causa no inverno é a perceção às vezes errada do preço. Os Açores são percecionados no inverno como sendo um destino caro”, disse, considerando que existe “uma enorme agressividade da SATA” que faz com que os Açores não sejam, neste momento, um destino caro.

O responsável salientou a grande dispersão do território açoriano, considerando que no inverno “é difícil convencer um português a fazer um short-break nos Açores, visitando apenas uma ilha. Do ponto de vista de estada média é positivo porque é mais longa, mas é mau em termos de sazonalidade”.


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