Editorial

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Esta semana ouvi atenciosamente, uma entrevista que o meu colega Aranda e Silva deu à Antena 1 a propósito do Congresso de Jornalistas que decorreu em Lisboa recentemente.
Dei por mim a sorrir e a acenar a cabeça em sinal de concordância com tudo o que ele, jornalista mais velho e mais experiente do que eu ia, sabiamente, dizendo.
Entretanto, e no meio de salários precários, de condições de trabalho diminutas, horas perdidas e não remuneradas, eis que Aranda e Silva afirma “o jornalismo não é uma profissão, é uma identidade”. Não podia concordar mais.
Realmente, e em terras pequenas como são os Açores, dizer que se é jornalista não é o mesmo que dizer que se é economista por exemplo (sem qualquer tipo de despeito a qualquer outra profissão porque a todas considero igualmente dignas), mas a verdade é que jornalista não tem fim-de-semana, jornalista não tem direito a ir às compras sem ser abordado com algum tema mais ou menos pertinente. Jornalista não pode ir ao médico, ou a qualquer outra instituição pública, sem estar atento ao que se passa e ao que poderá ser notícia. Será isto mau? Sim quando o jornalista, ou quem exerce essa profissão, se limita a isso mesmo… agora, quando o jornalista assume o que faz como a sua identidade, ser abordado na rua para receber informação, só pode ser bom sinal.
Agora, e concordando com o que o meu colega disse, é preciso que as pessoas, os patronatos, as universidades, comecem também a olhar esta profissão de outra forma. Nós não somos o quarto poder… mas estamos lá perto.
Estamos a fazer história, a divulgar as nossas gentes… tenham um pouco de respeito por isso. E como? Simples, não fechem a informação dentro de portas, não se recusem a dar respostas… A informação é importante e tem que circular mas, sem as fontes o jornalista não faz nada. A informação fidedigna dá trabalho e é um binómio a não perder: fonte/jornalista.

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