O Dia dos Açores

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(…) Numa primeira fase, usava-se a expressão Dia da Autonomia. Com esta designação estava-se a comemorar o regime regional que foi implantado após o 25 de Abril, numa perspetiva restritiva, de carácter político. E compreende-se que assim seja. Estávamos em plena euforia vitoriosa da conquista de um modelo administrativo que vinha sendo reivindicado por várias gerações e tornava-se necessário fazer chegar essa mensagem às populações. Valorizar o novo regime de governação faz parte do objetivo da festa comemorativa, com o fito de agregar os cidadãos a esse projeto.

O Dia da Autonomia passou depois a ser designado por Dia da Região. Esta designação tem já uma abrangência que encara o arquipélago como um todo, numa dimensão que vai para além do aspeto meramente político. Rapidamente se percebeu que a autonomia só sobrevivia se nela se valorizassem outros ingredientes que foram levedando ao longo do processo. Assim foi porque, durante muito tempo, o arquipélago dos Açores era apenas um conjunto de ilhas que viviam em boa medida de costas viradas, em que a consciência da sua unidade e da sua identidade eram muito ténues. O regime autonómico teve essa vantagem de despertar consciências que andavam adormecidas. Durante muito tempo, a açorianidade era termo obrigatório em qualquer discurso, caindo-se, como é evidente, em exageros desnecessários. Felizmente, o bom senso acabou por vingar. (…)

Leia este artigo na íntegra na edição do Tribuna das Ilhas de 08.06.2012 ou subscreva a assinatura digital do seu semanário

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