Plenário Sindical vota moção ao aumento dos salários açorianos

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Vitor Silva Coordenador Regional da CGTP-IN nos Açores defendeu, na tarde de ontem, à margem do plenário de dirigentes, delegados e ativistas sindicais da U.S.H., “que os açorianos recebem menos mas têm um custo de vida mais elevado”.

Vítor Silva, esteve presente neste plenário, que decorreu no âmbito da quinzena de informação, reivindicação e luta convocada pela CGTP-IN, de 23 de setembro a 5 de outubro, nas instalações da União de Sindicatos da Horta (U.S.H.).

Em declarações à comunicação social, o sindicalista revelou que o grande objetivo deste encontro foi discutir e votar a moção do aumento dos salários açorianos.

Para Vítor Silva “o número de desempregados apresentado pelo Governo, não corresponde à realidade” acrescentando a este respeito que “o número de desempregados diminuiu devido ao acréscimo sazonal de turismo” o que, segundo o coordenador, induz as pessoas em erro, pois assim que terminar a época alta os números voltarão a aumentar.

Contudo o sindicalista esclareceu que nos últimos tempos verificou-se um aumento na oferta de emprego, no entanto, considerou que essa oferta corresponde a “um emprego com condições precárias e com pouca durabilidade, o que não resolve o problema”.

Em relação a este plenário, Vítor Silva, adiantou ainda, que a principal preocupação foi “fazer uma caracterização daquela que é a realidade laboral açoriana, apresentando propostas para melhorar esta situação tendo em conta uma necessidade efetiva da Região e o aumento dos salários” afirmou.

Vítor Silva lembrou que o último acordo feito, em 2011, para o aumento do salário mínimo nos Açores, para o valor de 500€, ficou “guardado na gaveta”.

O sindicalista revelou que a CGTP-IN Açores apresentou uma proposta concreta em relação ao salário mínimo da Região, que propõe “um aumento para 515€ com retroativos a 1 de junho deste ano, passando para 540€ em 2015, e que atingisse os 600€ em 2016”.

“Esta sim parece-nos a proposta mais séria, mais correta e que vem de encontro àquilo que já tinha sido acordado mas que não foi realizado” afirmou o coordenador da CGTP- IN Açores.

Neste contexto, fez questão de salientar, que os trabalhadores nos últimos anos não têm tido qualquer aumento e, “na Região essa situação acontece com uma particular incidência”, Silva, esclareceu “que não há aumento através do acréscimo regional ao salário mínimo nacional, nem há aumento pela contratação coletiva, porque não existe contratação coletiva na Região” nesse sentido, Vítor Silva, defendeu que os açorianos estão a ser duplamente prejudicados.

O Coordenador acrescentou ainda, que comparando os contratos de trabalho colectivos, da Região e do Continente, verifica-se que os açorianos estão numa situação salarial inferior à nacional, tendo em conta que têm um custo de vida mais elevado.

 

Para finalizar, o representante, recordou que “cerca de 95% do que é produzido na Região, é para ser consumido cá, e para isso os trabalhadores precisam de poder de compra”.

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