PSD alerta para dezenas de utentes que aguardam por uma colonoscopia no Hospital da Horta

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Mais de oito dezenas de pessoas aguardam por uma colonoscopia no Hospital da Horta. Segundo informação apurada, em causa estão os utentes que realizaram o rastreio de doença oncológica e que tiveram um resultado positivo, estando, no entanto, a aguardar desde o último trimestre do ano passado pelo exame de diagnóstico complementar.

Carlos Ferreira e Luís Garcia, deputados do PSD/Açores eleitos pelo Faial, consideram que esta situação é de uma “enorme gravidade”, reveladora de uma “desconsideração pelas mais elementares normas do Sistema Regional de Saúde e, mais ainda, uma total ausência de humanismo e sensibilidade para com as necessidades clínicas dos açorianos”.

Num requerimento entregue no Parlamento açoriano, os deputados pedem ao executivo regional que explique “como é que estes utentes aguardam tanto tempo pelos exames de diagnóstico adicional”, situação que faz aumentar a “ansiedade e incerteza” dos utentes e “contraria os princípios estabelecidos em despacho pelo próprio Governo regional”.

“Que medidas se propõe o Governo tomar para resolver de imediato a grave situação relatada?”, questionam os parlamentares do PSD/Açores.

O executivo regional determinou, em 2015, por despacho, que a programação das consultas de aferição deverá ser semanal e em cada sessão deverão ser assegurados todos os casos referenciados pelo respetivo programa de rastreio.

O mesmo diploma refere, relativamente ao ROCCRA, programa de rastreio do cólon e reto, que, na sequência de um resultado positivo no rastreio, o procedimento estipulado assenta no agendamento de consulta por proposta de intervenção diagnóstica adicional e, mediante consentimento do utente, realização de colonoscopia, considerada prioritária.

“No Hospital da Horta o procedimento estipulado não está a ser cumprido”, garantem os deputados do PSD/Açores eleitos pelo Faial, que questionam o executivo se o panorama descrito no Hospital da Horta também se estende a outros hospitais da Região.

Os social-democratas açorianos denunciam ainda a existência de um elevado número de utentes com sintomas passíveis de eventual doença oncológica e com antecedentes pessoais efamiliares, que aguardam há demasiado tempo para realizar exames necessários a um adequado diagnóstico.

Para Carlos Ferreira e Luís Garcia, esta situação constitui uma “flagrante violação dasguidelineseuropeias e normas de orientação clínica lançadas pela Direção Geral de Saúde” e é “suscetível de interferir com o prognóstico e tratamento face a um eventual diagnóstico tardio da doença oncológica”.

 

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