Realidade desmente propaganda do Governo Regional

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O presidente dos TSD/Açores considerou hoje que o Governo Regional “não resolve problemas quando tenta iludir os açorianos sobre o desemprego, com base nos registos nos centros de emprego. A propaganda é uma mentira, não é uma solução e, nos Açores, a realidade é muito diferente da propaganda”, disse Joaquim Machado.

 

Numa conferência de imprensa, em Ponta Delgada, o responsável regional dos Trabalhadores Social Democratas lembrou que, na União Europeia, e por consequência também em Portugal, “os indicadores do desemprego têm por base os inquéritos trimestrais levados a efeito pelos serviços de estatística dos Estados-Membros e pelo próprio Eurostat”.

 

“Mas o Governo Regional, na sua azáfama propagandística, recorre a todo o expediente para convencer os açorianos de que a realidade é diferente daquela que efetivamente temos”, afirmou.

 

Joaquim Machado sublinhou que, “na política não vale tudo, e o vice-presidente do Governo seria muito mais útil se dedicasse o seu tempo a resolver o gravíssimo problema da dívida das empresas públicas regionais, com a SATA e os hospitais à cabeça, e bem assim pagando as dívidas do próprio Governo aos fornecedores”.

 

“Mas como lhe falta arte e engenho para tanto, dedica-se a ações de propaganda que em nada alteram a realidade e a qualidade de vida dos açorianos”, reforçou.

 

Para o presidente dos TSD/Açores “não é possível confundir o número de desempregados inscritos nos centros de emprego com taxa de desemprego”, sendo que o Instituto Nacional de Estatística “apurou que os Açores têm a taxa mais alta do país, e que há oito trimestres consecutivos estamos acima da média nacional”, confirma.

 

Quanto ao número de pessoas inscritas nos centros de emprego dos Açores, “concluímos algo muito diferente do que diz o vice-presidente do Governo, a quem faltou rigor: Em 2019 a média anual de inscritos nos centros de emprego dos Açores foi superior a 7200 desempregados, valor significativamente superior ao verificado em 2010, o último ano antes da crise, então com 6 mil inscritos”, explica.

 

“Ou seja, estamos 20% acima do que se verificava há nove anos, enquanto a nível nacional houve uma redução de 40% no número de desempregados inscrito. Forçosamente temos de concluir que a crise ainda não passou nos Açores”, acrescenta Joaquim Machado.

 

Relativamente aos desempregados integrados em programas ocupacionais, “em situação precária e sem qualquer vínculo laboral, hoje temos aproximadamente três vezes mais trabalhadores nessas condições do que em 2010”, adianta.

 

“São mais 3834 desempregados inscritos e ocupados (+ 51,7%), o que diz bem da incapacidade governativa para resolver com celeridade, dignidade e estabilidade o problema do desemprego”, considera o social democrata.

 

Segundo Joaquim Machado, “o Governo devia igualmente dizer que um em cada três açorianos inscritos nos centros de emprego está nessa situação há mais de um ano. E que 40% dos desempregados têm idade igual ou inferior a 35 anos, ou seja gente jovem, mas com o futuro comprometido”, critica.

 

“Infelizmente não vislumbramos os motivos que levam o Governo Regional a vangloriar-se com a análise das estatísticas dos centros de emprego. Os açorianos dispensam a propaganda, precisam de soluções”, concluiu Joaquim Machado.

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