Foi-me pedido há uns meses que guiasse pela Horta dois visitantes espanhóis. Além de um breve resumo da História da ilha, procurei também referências da presença histórica de espanhóis no Faial, de onde lhes pudesse dar alguns apontamentos. Partilho agora aqui alguns desses casos.
Do período da União Ibérica (1583-1641) temos notícia de Francisco de Bom-Dia, que, segundo Frei Diogo das Chagas, “Ueio no Terço dos Castelhanos” e depois “se ficou morador desobrigado da milicia”, cujo sobrinho deixou descendência entre nós até hoje.
Nos registos paroquiais encontrámos oito menções a espanhóis, entre 1695 e 1801, incluindo três casamentos e quatro óbitos, dos quais um canarino falecido durante a sua passagem na Horta (em 1695) e dois marinheiros que morreram afogados no porto (em 1779 e 1801). Mas sabemos que outros viveram por cá, a maioria sem deixar rasto ou cujos registos se perderam.
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Em defesa da Língua Portuguesa, o autor deste texto não adopta o “Acordo Ortográfico” de 1990, devido a este ser inconsistente, incoerente e inconstitucional (para além de comprovadamente promover a iliteracia em publicações oficiais e privadas, na imprensa e na população em geral).