Vasco Cordeiro confirma que a Portos dos Açores SA terá sede na Horta

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Vasco Cordeiro, secretário regional da Economia, efectuou ao início da tarde de sexta-feira, dia 21, uma visita à obra do novo Porto com o propósito de se inteirar sobre o grau de execução daquela que constitui a primeira fase de várias intervenções que o Governo Regional tem projectado na área da requalificação da frente marítima da cidade da Horta.

Durante a visita à obra do porto da Horta, Vasco Cordeiro confirmou aos jornalistas a intenção do Executivo Regional de fundir as actuais Administrações dos Portos numa única empresa para gerir os portos açorianos. “Confirmo que há um projecto de fusão das Administrações Portuárias, ou seja, desaparecerá a Portos dos Açores SGPS, desaparecerá a Administração dos Portos de São Miguel e Santa Maria, da Terceira e Graciosa e a do Triângulo e Grupo Ocidental, que irão ser todas fundidas numa única empresa”.

O secretário justifica esta medida com um melhor funcionamento e gestão do serviço declarando que, “por um lado, pretende-se uma maior eficiência no funcionamento desta entidade, e, em segundo lugar, uma maior racionalidade dos investimentos e uma maior coordenação e integração no conjunto das partes, pois não faz sentido que estejam em concorrência uns com os outros, como é o caso dos tarifários”.

Para Cordeiro, os objectivos a atingir com esta reforma passam pela centralização dos serviços que actualmente estão dispersos pelas diversas administrações, e consequentemente conseguir uma maior eficiência e redução de custos.

O secretário esclareceu que, em termos de administradores, dos 11 dispersos pelas várias administrações passarão a haver apenas três. Apesar desta redução nos administradores, Cordeiro garante que não haverá despedimentos em relação aos recursos humanos que se encontram no quadro das administrações: “tivemos alguns pressupostos; alguns cuidados à partida. O primeiro passa por manter a autonomia operacional de cada porto, em particular com os recursos humanos que estão no quadro das administrações portuárias, o que entendemos que é possível e que temos condições para fazê-lo, sem que ocorram despedimentos sem qualquer tipo de diminuição desses quadros”, disse.

Para o secretário, esta reestruturação vai trazer ganhos e já estão reunidas todas as condições para que o processo decorra da melhor forma.

Cordeiro revelou ainda que esta nova entidade, Portos dos Açores, SA, vai ter a sua sede na cidade da Horta. As razões da escolha relacionam-se com a eficácia com que a Administração dos Portos do Triângulo e do Grupo Ocidental (APTO) tem feito a gestão dos vários portos sob a sua responsabilidade. “A APTO tem maior número de portos à sua conta e se efectivamente há esta tentativa de maior coordenação; esta capacidade de gerir mais portos, faz todo o sentido que fique sediada aqui na Horta”, justificou.

Secretário regional da Economia satisfeito com “bom ritmo” da obra do Porto da Horta

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Nesta que constitui a sua segunda visita aquela infra-estrutura, que inclui a construção de um novo cais acostável para embarcações de passageiros com 300 metros de comprimento, assim como uma gare marítima e um parque de estacionamento, Vasco Cordeiro, após conversar com os responsáveis pela execução do empreendimento, mostrou-se satisfeito com o andamento da obra, afirmando aos jornalistas, que “é motivo de satisfação o facto de se constatar que este investimento está a caminhar a bom ritmo para a sua conclusão, que se prevê no primeiro semestre de 2012”.

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Cordeiro assentiu que “este é um investimento vultuoso que ultrapassa os 33 milhões de euros e que vai dotar a ilha do Faial com uma infra-estrutura fundamental para alterar por completo a relação que a ilha tem com mar”, reforçando que o novo porto vem “dotar a cidade com valências que vão desde cais para cruzeiros a cais para serviços no transporte marítimo de passageiros inter-ilhas”.

Para o secretário, esta nova estrutura portuária reveste-se de grande importância para o desenvolvimento da ilha do Faial. Na sua opinião, esta obra é “mais um investimento que se integra numa estratégia de reforço e aproveitamento das nossas potencialidades de forma a contribuir para o desenvolvimento da nossa economia”.

Nas declarações que prestou à Comunicação Social, Cordeiro salientou que “existe uma intervenção nesta infra-estrutura que permitirá que a cota de fundação quer do molhe quer da área que é utilizada pelos cruzeiros vá passar de menos seis metros para menos oito metros. Isto facilita decerto a utilização por parte de navios de cruzeiro”. Esta medida trata-se assim de uma alteração ao projecto inicial, que previa uma cota de menos seis metros, que não permitiria a acostagem de cruzeiros de maior porte e que já tinha sido motivo de alguma contestação.

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Questionado sobre o início das outras obras de reestruturação da frente marítima, nomeadamente do cais actual, o secretário não quis avançar com datas, afirmando que primeiro há que terminar esta primeira fase. “Estamos satisfeitos com o facto de estar a correr a bom ritmo e portanto agora é esta obra a nossa prioridade. Vamos concluir esta fase, pô-la a funcionar em toda as suas valências e avançar então posteriormente para aquele que é um projecto integrado e articulado nesta área”, referiu.

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