Crónicas da Nossa Terra – O futuro Aeroporto dos Açores será na Horta

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Encontrando-se entrenós um representante da Pan American, não convém perder a ocasião

O facto que pode ter certa importância na economia local tão depurada, parece passar desapercebido ao público da Horta, narcotizado pela intriga…

Não deveria suceder assim. Não Houve porém quem se lembrasse de trazer o assunto à discussão pública, como se o caso não tivesse importância alguma para um meio depauperado como o nosso.

Pode-se, até certo ponto, supor que convição de que, para hidro-aviões, não há outro ponto como da Horta, como tem apregoado todos os aviadores que nos tem visitado, tendo, além da baia de Porto Pim, pontos de recurso, como a baia do Capelo, a do Salão e a Costa do Pico, a dois passos de distância, por assim dizer.

Se se estabelecer, como tudo deixa prever, o Porto aéreo, no Faial o movimento deve contribuir bastante para o aumento das atividades comerciais e das receitas dos corpos administrativos e do Estado, por isso, parece-nos que não pode deixar passar em claro o caso, procurando garantir, oferecer, mesmo facilidades decisivas, tanto mais que, além do porto, para hidro-aviões, é indispensável um ou mais campos para o serviço de aeroplanos terrestres.

Como se sabe, há diversos pontos já considerados, como uma planície a montante do vale do Chão Frio, na estrada da Caldeira, uma outra em Castelo Branco, em Santa Bárbara e outra entre os quilómetros 6 e  7 da estrada nacional, na Feteira, além de outras possibilidades e de um outro na fronteira Oeste do Pico.

O que é indispensável é que os representantes dos interesses locais se mexam e se movam no estudo das facilidades a facultar para aquisição dos terrenos para campos de aterração e para oficinas, ao menos, que seja garantir o direito de expropriação e mesmo a isenção de direitos de importação de materiais, que não haja na localidade, necessários para a construção dos campos e montagem das primeiras oficinas.

Para o assunto chamamos a urgente atenção das cooperações e associações locais, visto aquele representante retirar na próxima viagem do “Carvalho de Araujo”

Jornal “O telegrafo” 20 de Junho de 1933    

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