A deputada do PSD/Açores na Assembleia da República, Ilídia Quadrado, diz que o Governo socialista “está, lamentavelmente, a retroceder na intenção de ampliar a pista do Aeroporto da Horta, agora advogando novas avaliações para a obra”.
“Por que razão se volta a avaliar a necessidade de expansão da pista? E como é que o Sr. Ministro justifica este retrocesso?”, perguntou a social democrata ao Ministro das infraestruturas, perante “a recente criação de um grupo de trabalho, que visa, nomeadamente, estudar e avaliar a necessidade de expansão da pista do Aeroporto da Horta”.
“Perante a falta de respostas ao longo destes anos, e a visível inação da República, isso não pode augurar nada de bom”, refere Ilídia Quadrado, lembrando que “ampliar a pista do aeroporto da Horta é uma intervenção consensual, pelo que estamos mesmo perante um claro retrocesso”, lamentou.
Em resposta, o Sr. Secretário Adjunto e das Comunicações referiu opiniões divergentes e custos contraditórios para justificar a criação do citado grupo de trabalho, que pretende chegar a consensos, explicou.
“Mas o facto é que só se pode afirmar que os custos são contraditórios ou estão subavaliados depois de se analisar a viabilidade técnica e financeira da obra. Mas o Governo insiste em ocultar essa informação”, afirmou.
Ilídia Quadrado recordou que, em março, o Secretário de Estado Adjunto e das Comunicações referiu que “o estudo da Câmara Municipal da Horta foi avaliado pelo LNEC e pela ANAC, entidades que consideraram os custos subavaliados, dizendo que a obra custará muito mais do que a estimativa inicial de 35 a 40 milhões”.
“Mas é factual que em 2019 foi aprovada uma resolução pela Assembleia da República que recomendava ao Governo medidas urgentes para a ampliação da pista e melhoria da capacidade operacional do Aeroporto da Horta. Um compromisso que conduziu à inserção de um artigo no Orçamento de Estado e que se mantém desde 2019”, frisou a deputada.
Assim sendo, “não tem qualquer lógica que se volte a avaliar a necessidade de expansão da pista, sendo que o governante insiste em dizer que tal não é um retrocesso”, concluiu.