Natal e… nataisinhos!

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O Natal é a festa da família, do nascimento de Jesus, da renovação da esperança, da boa Nova, que todos querem acreditar que vá acontecer no Ano Novo que se aproxima.

É altura de fazer balanços pessoais e profissionais, deitando contas à vida passada, apurar a real execução dos Planos cessantes, e projectar os Planos para o Ano Novo, com novas acções, com novos objectivos.

Por cá, e em tempos de crise, o mais comum é verem-se Planos velhos por executar, transferindo-se para os Novos Planos as mesmas acções velhas, que se arrastam de ano para ano, à procura de melhores dias / oportunidades.

Só é admissível que assim seja, pontualmente.

Já não é aceitável que tal prática vire vício, com as mesmas desculpas, com os mesmos erros que se repetem, ano após ano, como forma de fazer durar e perdurar no tempo uma esperança perdida no tempo, ficando a vã esperança… de um dia… D. Sebastião regressar com a ambicionada salvação.

O Rei e o Vice-Rei dos Açores (cognomes que também adopto) são peritos em irem fazendo o desenvolvimento a conta gotas, nas ilhas da coesão dos Açores, fazendo sair da cartola uma escola ali, um cais acolá… mantendo, de rédea curta, os seus pajens nessas ilhas perdidas… deixando para as suas maiores e poderosas cortes, os Milagres das Rosas da Rainha Santa Isabel, que tão bem sabem fazer desmultiplicar.

Em São Miguel e Terceira acontecem os grandes Natais socialistas, enquanto nas demais ilhas dos Açores, os “nataisinhos” se desmultiplicam, parcos e pobres, q.b., à medida das básicas necessidades do povo.

Exemplos são às centenas, mas um dos mais escandalosos, é não se ampliar a pista do aeroporto da Horta, e insistir-se na criação de um segundo cais de cruzeiros na Terceira, apenas e só por teimosia do governo… sim, porque nem os Angrenses o querem…, resultando num cavalo de batalha para o Vice-Rei, na qualidade de capitão donatário da Ilha Brava.

Nestas noves ilhas, o sistema politico implantado é radial, em teia de aranha, de oriente para ocidente, havendo uma hierarquia muito bem definida, obediente e subserviente, aliviando as diversas chefias das más acções, ou daquelas que em nada contribuem para a dignificação da imaculada imagem dos chefes… aqueles que distribuem beijos e abraços, chaves e corta fitas, fazendo festinhas nas cabeças dos inocentes…

Como em qualquer organização que se preze, o serviço menos nobre, aquele que suja as mãos, e que nem sempre pode ser assumido como tendo sido feito pelos grandes chefes, é feito pela “raia miúda”, aquela que ambiciona… um dia… vir a subir na organização.

Coitados, não sabem nem sonham, que já atingiram a sua grande especialidade: limpando a “sujidade das valetas”, e as “ervas daninhas” das bermas, são autênticos batedores de caça, que abrem alas para o “corso dos chefes” desfilar.

Estes peões da organização, julgam-se “cabeças de pelotão”, contudo, não passam de “paus mandados”.

Nesta época Natalícia, deveria haver maior justiça social para todos, maior transparência e solidariedade, companheirismo e um arriar de guardas e defesas… mas não, isso nunca…, poria em perigo a própria organização.

 

AGRADECIMENTO PÚBLICO

Nesta quadra, também não me ficaria bem deixar de agradecer a todos aqueles que, ao longo do ano, se esforçaram para que tenhamos um dia a dia mais confortável, mais digno, mais agradável, mais rico e  com melhores oportunidades para todos.

Desde logo, ao nosso Governo Regional, que “tudo tem feito”, para conseguir concretizar, como prometido sucessivamente, a ampliação da pista do nosso aeroporto, a conclusão da variante, soluções para o Campo de Golfe e para as Termas, o estádio Mário Lino, a ampliação da Escola Básica e Integrada, Creches para todos, …

À nossa Câmara Municipal, que ao longo destes 2 anos de mandato, e porque não nos últimos 22 anos, se tem “esforçado” por alcançar uma melhor rede de estradas municipais para a nossa linda ilha azul, uma solução para o Saneamento Básico, e uma renovação urbana, que valorize o nosso comércio tradicional e o nosso mercado municipal…

À Câmara do Comércio e Indústria da Horta que “não se tem poupado a esforços” regionais, nacionais e até internacionais, para trazer para esta terra um tecido empresarial mais forte, com mais emprego e melhores oportunidade de investimento, do presunto de vaca à floricultura e pastelaria, bem assim com Campanhas do Comércio Tradicional inovadoras e altamente apetecíveis.

Sem o esforço “abnegado e desinteressado” destes nossos líderes, que tudo deixaram na vida pessoal, privada e até partidária (?), para se dedicarem em exclusividade a esta nobre “cosa nostra” – a defesa intransigente da nossa ilha, HOJE, o Faial não seria o que é…

 

PS

(Leia-se Post-Scriptum e não Partido Socialista)

Uma nota final, porque mais não merece, a uma afirmação de um braço esquerdo do PS.

No Tribuna das Ilhas de 02DEZ11, num artigo intitulado “Cidadania? Oposição?” o seu autor (?), assim escrevia: “O PSD da Horta e mesmo nos Açores, deveria participar nos órgãos para que foi eleito e manter uma presença com propostas construtivas, com a sua intervenção e cooperação num espírito aberto e ao serviço de todos.”.

Resulta desta afirmação, que, aparentemente, os eleitos nas listas do PSD, nos quais me incluo, não participam nos órgãos para que foram eleitos, não exercem a sua cidadania… Será mesmo assim?

Quem tal afirma é um autarca da oposição, eleito nas listas do PS para a Assembleia de Freguesia da Matriz, logo, não deveria atirar pedras, porque os seus próprios telhados são de vidro, da mais fina folha, que ao mais leve granizo, próprio desta Época Natalícia, poderão ficar completamente estilhaçados…

Ora vejamos: (como e muito bem disse)

Na Assembleia Legislativa dos Açores:

O PSD elegeu dois deputados por esta ilha, que exercem e muito bem, a defesa do Faial. Os eleitores votaram, e o 1º e 2º nomes da lista assumiram o seu mandato, dado pelo povo.

O PS também elegeu dois deputados por esta ilha, que, ou não tomaram assento no nosso Parlamento, ou dele prescindiram, com os mais diversos argumentos…, recordando: 1º Fernando Menezes, 2º Hélder Silva, 3º Ana Luís, 5º João Bettencourt, 7º Sandra Costa, 8º Victor Rui Dores… Então, quem é que não participa no nosso maior órgão democrático regional? São, certamente, os que emprestaram a cara numa lista socialista, e que depois tiveram outras opções de vida, em claro desrespeito pela vontade e expectativa populares.

Na Câmara Municipal da Horta:

O PSD elegeu três vereadores por este concelho, que exercem, na medida que podem e que lhes deixam a maioria absoluta do PS, a defesa da nossa ilha. Os eleitores votaram, e os 1º, 2º e 3º nomes da lista assumiram o seu mandado, que continuam a cumprir.

O PS ganhou as eleições, elegendo o Presidente e mais 3 vereadores, numa lista renovada, e enriquecida com a importação, à última da hora, de valores oferecidos pelo Governo Regional, a saber, os seus Directores Regionais das Comunidades e do Desporto. Ora bem, nenhum deles, eleitos em 3º e 4º lugares da lista exercem a sua função plena no órgão para que foram eleitos. Rui Santos prescindiu, porque “para ganhar o mesmo então ficava em casa” (como afirmou textualmente em reunião de Câmara) e Alzira Silva exerce a sua vereação, sem tempo, com as limitações inerentes a esse facto. Ou seja, mais dois eleitos que não desempenham a sua função como seria expectável, depois do veredicto popular.

Refira-se ainda que, no Faial, as Câmara Socialistas têm sido peritas em fazer suceder, e colocar em rodagem os seus Vices, como forma de fazerem uma campanha eleitoral antecipada…  Estará Leonardo a tentar suceder a João, de partida para a Assembleia Regional?

Na Câmara PS de Angra do Heroísmo, não querem que fale, pois não? É que o folhetim daria para vários episódios…, sem fim à vista!!!

Na Assembleia de Freguesia da Matriz:

O articulista foi eleito, e nestes dois anos de mandato, o autarca socialista e líder da oposição, apenas marcou presença em três das dez reuniões da Assembleia de Freguesia, faltando, portanto, a 70% das reuniões… No meu tempo de Liceu, já teria perdido por faltas!

Estranha forma a do Sr. Ruben Simas exercer a sua cidadania, o seu direito à oposição.

O PSD apresentou listas reais, cujos eleitos exercem, na sua grande maioria, os seus cargos.

O PS apresentou nomes sonantes, em claras operações de cosmética, que tentam ocultar o óbvio.

Assim, com listas virtuais, é fácil ganhar eleições, enganando o povo!

Há tempos, a JS-Faial veio defender o seu Presidente de Câmara, dando-lhe voz, falando daquilo que desconhecia…

Agora, vem um autarca socialista apontar o dedo ao PSD, dando tiros nos pés… em perfeito desnorte politico.

Não percebo, a não ser que tenha sido mais um “serviço encomendado” pelos chefes, que, não querendo dar a cara, nem sujar as mãos, deixam tal ingrata tarefa para… os mais distraídos, que nem a sua própria situação souberam acautelar.

Mas nesta época de especial tolerância, até os mais incautos merecem umas Boas Festas.

Um Santo Natal a todos!

 

                                                                                 Contributos, para

                                                                          [email protected]

 

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