O dia em que o “BFF” voltou à carga

0
20
blank

blank

 

Uma das siglas mais famosas e usual entre os nossos jovens voltou a atacar. Imortalizada em Portugal por Paulo Portas, esta sigla ficou gravada, indelevelmente, na história portuguesa contemporânea com um novo significado, pois no dia 13 de maio de 2017, dia em que os “BFF” se voltaram a encontrar, realizou-se um milagre.
Quando Paulo Portas subiu ao púlpito e, discursando perante os deputados na Assembleia da República, introduziu este conceito para justificar a nova amizade criada entre o PS de António Costa, o BE de Catarina Martins e o PCP de Jerónimo de Sousa, todo o povo português, como é típico, deu uma grande risada.
Nunca pensou ele que, em tão pouco tempo, os “BFF” voltassem, mas desta feita, com um novo significado.
Assim aconteceu. Aquele dia 13 em estivemos colados à televisão de manhã à noite, foi o dia em que Portugal fez história, foi o dia em que houve uma conjugação de vontades.
Isto claro depois de António Costa ter passado a manhã do dia anterior a servir de babysitter aos filhos de um cidadão que não teve tolerância de ponto. Ao que se saiba, Vasco Cordeiro não seguiu as pisadas do seu amigo primeiro-ministro, apesar de muitos desejarem o mesmo, e manteve-se ao longo de todo o dia de tolerância de ponto apenas como Presidente do Governo.
Benfica venceu o campeonato de futebol.
Assistimos, nesse dia, em direto, à festa de milhares de portugueses no Marquês do Pombal para celebrar o Tetra do Benfica, o 36.º título da história deste clube. Os encarnados deixaram para trás, na reta final do campeonato, os seus grandes rivais e conquistaram um título inédito na vida do clube.
Título esse mais que merecido, pois, sem querer entrar noutros campos, foi a equipa mais regular e eficaz do campeonato, inclusive naqueles momentos em que o treinador não conseguia saber com quantos jogadores podia contar para o próximo jogo, tantas eram as lesões do plantel.
Ninguém ficou indiferente e festejou-se noite dentro. Inclusive na ilha do Faial, onde o vermelho invadiu as ruas e se sobrepôs ao azul caraterístico da nossa terra.
Francisco canonizou em Fátima os pastorinhos.
O Papa Francisco parecia prever os magníficos feitos que os portugueses iriam alcançar neste dia quando marcou a sua presença em Fátima para canonizar os pastorinhos e celebrar o Centenário das aparições. Logo de manhã abençoou Portugal e a Europa, e tornou “Santos” Jacinta e Francisco. Na despedida, apesar de cansado, ainda teve tempo de conversar e rir com o Presidente da República, muito provavelmente a informá-lo do que iria acontecer no resto do dia. Mas Marcelo não comentou a conversa que teve com o Santo Padre e fechou-se em copas, esperando que os acontecimentos seguissem o seu curso natural.
Festival da Eurovisão ganho por “Salvador Sobral”.
Ao mesmo tempo que o Rui, a Águia Vitória e a equipa do Benfica festejavam com os seus adeptos naquela emblemática praça lisboeta, o restante país estava colado ao televisor a ver e a ouvir o desempenho musical de um jovem humilde que, em português e com uma voz melodiosa, encantou a Europa.
O “Salvador” não desiludiu quem, ao longo da semana, apostou na sua vitória. Com o n.º 11 nas costas, tal qual o n.º de jogadores do Benfica que há tarde tinham goleado o Vitória de Guimarães, a canção “Amar pelos dois”, num tom sereno e ternurento, embalou em direção ao título.
Mas não foi fácil. Até ao último segundo não se sabia quem tinha ganho: Portugal ou Bulgária. Tudo por culpa de uma pontuação do público que atribuía ao primeiro, pasme-se, 376 pontos.
Mas tudo terminou bem e o anjo “Salvador” fez um milagre, curando os portugueses de uma maleita que arrastavam desde sempre.
Nunca Portugal tinha ganho um Festival da Eurovisão, nem a dor de cabeça de ter que desembolsar 30 milhões de euros para o realizar.
Por último, não nos podemos esquecer, também, daqueles (Liga Portuguesa de Futebol e entidade responsável pelo Festival da Eurovisão) que marcaram os respectivos eventos para o dia 13 de maio, quando tinham à sua mercê o dia 14, domingo. Houve aqui, claramente, uma intervenção divina que atirou para as primeiras páginas os “BFF”, como que a lembrar aquele Senhor da política.

 

[email protected]

O MEU COMENTÁRIO SOBRE ESTE ARTIGO

Por favor escreva o seu comentário!
Por favor coloque o seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!